«Podeis beber o cálice
que Eu hei-de beber?».
Enquanto,
nos detemos nas nossas inquietações:
de estar do lado direito ou esquerdo
de comer com elegância
de procurar as palavras certas e sábias
de mostrar o poder dos galões
de ser importante na mesa...
Há uma mudança de tom
quando o cálice
deixa de ter o vinho da alegria
e apresenta o sangue de uma vida
que viveu só para amar
mesmo quando o
espancavam
maltratavam
cuspiam
zombavam
matavam...
Senhor,
seja eu digno de tomar
o cálice dos meus sofrimentos
e de agarrar, amar e beijar a minha cruz.
E ter a força
de estender a mão
para ajudar
aqueles que caem
ao meu lado.
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